sábado, 31 de outubro de 2009

Cop Land

Até hoje tem os metidos a fã de Almodovares e Lars Von Triers da vida que ignoram a carreira de feras como Silvester Stallone e Arnold Schwarzenegger. Claro, não é só eles, tem muita gente que ridiculariza a carreira dos dois. Total preconceito contra a carreira dos dois. Tanto Sly quanto Arnie são BONS naquilo que eles fazem melhor, ou seja, filmes de ação. Exterminador do Futuro 4 está aí pra provar que os primeiros filmes eram bons não apenas por causa do envolvimento de Cameron, mas por graças à atuação do ex-Mister Olympia como ciborgue. Sua falsa participação no quarto filme é a melhor cena durante a projeção no cinema, pena que é curta. Sly também, fez carreira atuando em Rocky e Rambo. Nenhum The Rock ou Vin Diesel da vida vai chegar ao patamar desses caras aí. Claro, os dois já tiveram seus deslizes, até o Stallone teve mais que o governator, mas ainda bem que existem filmes como Cop Land pra mostrar aos metidos a cults que Sly sabe sim atuar.

Escrito e dirigido em 1997 por um ainda desconhecido James Mangold, que mais tarde faria filmaços como Walk the Line e Os Indomáveis, o filme coloca Stallone no meio de feras como Robert De Niro(antes de fazer porcarias como Entrando numa Fria e As Duas Faces da Lei), Harvey Keitel(que anda sumido ou me enganei?) , Ray Liotta(outro que nunca mais vi) e Robert Patrick(idem) enquanto ainda tinham prestígio.

A história envolve uma conspiração policial na chamada Cop Land, pequena sociedade próxima de New York formada por policiais que trabalham na maior cidade do mundo, mas que vivem com suas famílias afastadas de toda aquela loucura. Quando um dos moradores de Cop Land, Murray Superboy, acaba matando dois negros que simulavam estar armados, os políciais da cidade, comandados por Ray(Keitel), decidem inserir pistas falsas pra ajudar o rapaz, mas sem sucesso. Decidem então simular o suicídio do policial, que morreria como herói. Sem acreditar no ocorrido, o policial Moe(De Niro), decide investigar o ocorrido, mas pressionado pelo prefeito é obrigado a largar do caso.

No meio de tudo isso está Freddy Heflin(Sly), o Xerife de Cop Land. Surdo de uma orelha após salvar a vida da mulher que mais ama e está casada com um policial brigão, o acidente custou sua entrada na Corporação, sendo obrigado a aceitar o posto de xerife do local. Freddy é visitado por Moe, que pede sua ajuda, mas ignora. Quando Ray vê que não pode mais esconder Murray, decide que ele e seus homens devem matá-lo, mas este consegue escapar e visita Freddy. Finalmente o xerife resolve agir como policial, ajudado por Figgis(Liotta), ex parceiro do bando de Ray, enfrentando os policiais corruptos da cidade.

Dez anos antes de Tropa de Elite, Cop Land já mostrava a corrupção dentro da força policial. O filme explora bem a idéia de que mesmo em lugares que na teoria deveriam ser tranquilos pra se viver em sociedade, por debaixo de toda aquela tranqulidade há corrupção e violência, onde todos os habitantes fingem não ouvir e sequer falam sobre o que acontece na cidade.
O confrontro entre Freddy, um cara limpo em meio a tanta podridão, com os policiais é sangrenta e formidável. Realmente faz juz à linha dos westerns urbanos. Anos mais tarde, o diretor aperfeiçoaria os tiroteios em outro filmaço, Os Indomáveis.

Cop Land vale pela ótima história, pelo maravilhoso elenco e suas cenas de tirar o fôlego. É um filme que realmente vale a pena assistir e rever quantas vezes o possível. Uma pena que o filme acabou sendo ignorado e quase não se ouve falar dele.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Arraste-me para o Inferno de Sam Raimi


Ciganos...estão sempre enchendo o saco. Você pode encontrar fácil um grupo de ciganos em alguma praça, tentando ler a sorte na sua mão. Nunca vou me esquecer um dia que eu tava voltando da escola pra casa e uma velha cigana veio pedir pra ler a minha mão. Eu me esquivei e a mulher disse assim para mim: "muita coisa de ruim vai acontecer na minha vida!". Não posso negar que eu tinha realmente ficado com medo do que ela me falou. Imagina se fosse realmente verdade? É claro que se eu tivesse dado 25¢ pra ela, a frase iria ser bem diferente.

Me lembrei desse causo no dia em que li a sinopse do filme Arraste-me para o Inferno, tradução literal(algo raro por aqui) de Drag me to hell, novo filme de Sam Raimi, que pra quem não sabe, é o famoso diretor responsável pela trilogia Evil Dead, ou Uma Noite Alucinante como é conhecida aqui no Brasil. Preciso comentar que se você ainda não viu a trilogia, pare de ler agora e volte quando tiver terminado.

Ah, esqueci, também é diretor da trilogia Homem-Aranha...depois de nadar na grana por causa da saga do cabeça de teia, Raimi decidiu voltar às suas origens.

Na história, Christine Brown(interpretada pela belíssima e suculenta Alison Lohman) acaba não tendo a mesma sorte que eu, quando Sylvia Ganush(Lorna Raver), uma velha cigana, acaba amaldiçoando Christine, que começa a ser violentada por uma força invisível, e em três dias ela será arrastada viva para o inferno por uma força chamada Lâmia. Para que isso não aconteça, ela pede ajuda a Shaun San Dena(Adrianna Barraza), que já lutou com Lâmia no passado.

O filme é quase como se fosse uma releitura dos velhos(e ótimos) filmes do Raimi, uma verdadeira homenagem aos filmes de terror dos anos 80, que já dá pra ver desde o velho letreiro da Universal usado na década e as velhas nojeiras, e novas é claro. Após o letreiro, a trilha sonora já vem com tudo, quando descobrimos que a história inicia ainda em 1969 em Pasadena, quando uma família vem recorrer a uma ainda jovem Shaun San Dena para que ajude a curar um garoto, que há três dias atrás roubou umas jóias de um grupo de ciganos, e que desde lá o menino tem passado por maus bocados. Antes mesmo de poder fazer algo, uma força invisível golpeia os pais do garoto e Shaun San Dena, depois agarrando o garoto, que cai do segundo andar da casa da mulher. O chão começa a se abrir e vemos o garoto sendo levado. E entram os créditos com uma impressionante trilha sonora novamente, composta por Christopher Young, responsável pela música de Hellraiser e que trabalha com Raimi desde Homem-Aranha 2.

Passado vários anos, Shaun San Dena terá a chance de se redimir, quando a inocente Christine Brown é amaldiçoada, quando a cigana Silvya Ganush implora a funcionaria do banco que ajude a salvar a sua casa. Mas para que consiga a tão sonhada promoção em sua carreira e para conseguir o respeito dos pais de seu namorado(Justing Long de Com a Bola Toda), Christine acaba recusando o pedido da senhora. Humilhada em frente à todos, a velha cigana desdentada jura vingança. Então, a noite chega e está na hora de Christine ir embora para sua casa, quando a velha cigana aparece para buscar sua vingança. Após uma longa briga entre as duas(com cenas bem nojentas e engraçadas), a madame Ganush consegue retirar da garota um botão da sua jaqueta e a usa para evocar uma maldição. Christine então vai descobrir da pior maneira que a maldição evoca um demônio chamado Lâmia, que arrasta a alma de suas vítimas para o inferno, mas sem antes fazer com que a garota passe por maus bocados.

Apesar de Raimi tentar apelar para sustinhos rápidos no estilo O Grito e derivados, sua maior conquista é reciclar as velhas idéias usadas em seus filmes anteriores. Ou seja, velhas idéias da série Evil Dead. Espere ver muita gosma, olhos atingindo a boca das pessoas, pessoas (e cabras) possuídas e muita mais. A personagem principal é a versão feminina do Bruce Campbel na famosa trilogia: ela apanha, é torturada, leva litros de sangue e gosma na cara...só faltava ter a mão possuída.

Claro que muito uso de CGI em cima, mas nada que atrapalhe.

No fim das contas, Arraste-me para o Inferno é um retorno agradável de umas das maiores feras do gênero, que um dia quem sabe ainda poderá reviver a série Evil Dead. Enquanto isso não acontece, aproveitem e se divertam com esse divertidíssimo filme!

terça-feira, 16 de junho de 2009

The Killer de John Woo


Antes de queimar o filme indo pros Estados Unidos assinando filmes como A Outra Face e Missão Impossível 2, o diretor chinês John Woo fez alguns dos melhores filmes de ação da história do cinema, mais tarde copiado em jogos de ação como Max Payne e no filme Matrix. No fim dos anos 80 e início dos anos 90 o diretor nos brindou com ótimos filmes como a obra prima Hard Boiled(Fervura Máxima), Bullet in The Head e The Killer(traduzido como...O Matador).

Aqui, novamente trabalhando em parceria com o ator Chow Yun-Fat(que trabalhou em O Tigre e o Dragão, Piratas do Caribe 3 e o já comentado Hard Boiled) e contando também com o famoso ator da Shaw Bros. Danny Lee. Aqui Chow Yun-Fat interpreta um perigoso matador de aluguel chamado Jeff que em uma missão acaba acidentalmente cegando Jennie, uma cantora que estava no lugar quando o matador chega. A cena é uma obra prima difícil de se descrever, a única coisa que posso afirmar é que nunca vi cenas de ação tão bem coreografadas quanto as de Woo: certas horas a ação é frenética enquanto em outras lembram um filme do diretor americano Sam Peckinpah, onde ele mantém tudo em câmera lenta para que você aprecie os detalhes da cena, mostrando o estrago causado pelo protagonista.

Abalado com o ocorrido. o assassino começa a questionar o seu trabalho, quando seu único amigo, um matador aposentado, o chama para mais um trabalho, um poderoso mafioso. Ele pede um milhão e meio de dólares para que depois possa finalmente se aposentar. Enquanto isso o personagem de Danny Lee, o inspetor Lee, é encarregado de proteger o homem que o Jeff irá matar. Após matar o mafioso, o inspetor persegue Jeff, que consegue fugir pra cair numa cilada feita pela pessoa que o contratou. Durante o tiroteio uma criança é baleada e Jeff a leva ao hospital. Lee acaba seguindo Jeff e dentro do hospital os dois ficam cara a cara pela primeira vez. Aos poucos, surge um laço que liga bandinho e mocinho, algo muito copiado por Hollywood esses últimos tempos. Ao mesmo tempo em que Lee começa a cercar a vida de Jeff, o matador, angustiado pelo que fez com Jane, passa a tentar ajudá-la, començando uma estranha relação. O problema é que Lee ameaça o relacionamento dos dois, enquanto Jeff tenta recuperar o dinheiro de seu último trabalho para poder realizar a operação médica que irá recuperar a visão de Jane, que está cada pior. Senão bastasse, o seu antigo chefe deseja exterminá-lo para que não posso o denunciá-lo. Deixando de lado o dever de policial, Lee se une a Jeff para protegerem Jenny e se vingarem de vez dos verdadeiros assassinos.

O filme de John Woo, além de ser carregado com cenas de ação surpreendentes e exageradas(o que eu acho ótimo), conta também com uma boa história, com tempo suficiente para que todos os personagens possam ser explorados de maneira satisfatória à trama. Mas como eu disse, há espaço para genias tiroteios e perseguições, entre elas a final, centrada em um mosteiro, onde Lee e Jeff tem a chance de se vingar. E em hora alguma o filme se arrasta, usando muitos diálogos e ação.


The Killer está mais para um drama sobre uma assassino assombrado pelo seu passado, que vê em um policial um amigo e numa cantora cega a chance de fazer algo bom. Mas não espere um final feliz dos filmes americanos, John Woo faz um filme bem pesado. Pena que com o sucesso e a chance de ir para os Estados Unidos, ele tenha esquecido como fazer cinema.

sábado, 30 de maio de 2009

Trovão Tropical


Enquanto ainda tem gente que teima em dizer que 2008 foi o ano do Batman, eu ainda teimo em dizer que o morcegão não fez nada que não deveria ter feito obrigatóriamente. Ano passado tivemos ótimos filmes, como o ótimo Os Indomáveis(sem dúvida o melhor do ano para mim), Encarnação do Demônio, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, O Incrível Hulk, Homem de Ferro, Agente 86 e...Trovão Tropical. O blockbuster dirigido por Ben Stiller superou todos os filmes de comédia lançados e conseguiu deixar Steve Carrel no chinelo, coisa que eu nunca imaginaria que Ben Stiller conseguiria fazer.

A história é uma paródia a indústria cinematográfica de Hollywood, onde um diretor inglês tenta fazer a adaptação de um livro de um ator veterano da guerra do Vietnã, contando com um elenco de estrilhas. Aí onde esntra Ben Stiller que numa espécie de paródia a sua própria vida, interpreta o ator Tugg Speedman que ficou famoso por seus papéis de herói de ação que tenta fazer um filme de drama "de retardado" para mostrar que é um ator sério, mas acaba virando motivo de sarro, além de Robert Downey Jr.(que voltou aos cinemas com Homem de Ferro), um ator consagrado pelos prêmios e pelas polêmicas, que acaba fazendo uma controversa cirurgia para virar negro e poder interpretar um sargento negro e Jack Black como o balofo Jeff Portnoy, que atua em vários papéis em um único filme de comédia em que fica mega gordo e solta piadas sobre puns(Eddie Murphy???) que tem problemas com drogas, além do rapper Alpa Chino(sério hahahahaha) e um ator iniciante interpretado por Jay Baruchel de Ligeiramente Grávidos. Por culpa dos atores, o filme está atrasado e o orçamento já ultrapassou o esperado, assim o produtor(não vou revelar quem é, só prestem atenção) ameaça o diretor e manda ele terminar esse filme de uma vez por todas.

Assim, ele e Quatro Folhas(interpretado por ninguém menos que Nick Nolte) decidem levar aos atores a selva de verdade, espalhando câmeras pra tudo quanto é lado e deixar os atores por lá, até terminarem o filme. O que eles não contavam é que há traficantes de papoula por lá, e os atores acabam entrando numa guerra de verdade. Speedman decide levar a coisa a sério mas é sequestrado pelos traficantes que quando descobrem que se trata do famoso ator, eles ficam emocionados por gostarem do seu filme "de retardado", Simple Jack(que na verdade é o único filme que eles tem na vila e que assistem todo o dia), assim decidem ligar para o produtor e o agente de Tugg(interpretado por Mathew McConaughey) e pedem uma alta quantia de dinheiro para não matarem o ator. O produtor não acredita e ameaça matar todos os traficantes se continuarem a encher o saco dele. Obrigam Tugg a participar de uma peça de teatro pra toda a vila baseado em Simple Jack senão irão matá-lo. Nisso os outros atores estão perdidos no meio do mato. Lazarus fica o tempo todo usando gírias e expressões de negros, o que irrita Alpa Chino, que começa a descobrir um lado que não sabia que tinha, enquanto Portnoy fica desesperado quando perde suas balinhas. É quando descobrem que não estão mais em um filme e descobrem ao que Speedman está submetido. Para sobreviverem, eles terão que deixar as diferenças (e as drogas de lado) e entrarem na guerra. Claro que isso é motivo suficiente para fazer o espectador rolar de rir.

Trovão Tropical não pega leve com ninguém, é um sarro atrás do outro onde ninguém se salva. É um daqueles filmes que você não pode levar a sério momento algum, assim como o clássico "Com a Bola Toda". Mas é claro, sempre tem gente pra criticar e reclamar, o que é normal, principalmente para um filme politicamente incorreto. Não vejo problema em comparar com os grandes clássicos do gênero da comédia, e em tempos em que só fazem paródias repetidas e chatas, Ben Stiller nos brindou com o que há de melhor em termos do gênero, unindo um elenco ótimo onde muitos, inclusive o próprio Ben Stiller, não faziam algo tão bom em muito tempo. Esperem até ver a atuação do Tom Cruise, que está totalmente diferente do que vemos em outros filmes e na Oprah, aqui o galã se diverte, abusa nos palavrões e dançando. Sem contar Downey Jr. como sargento negro abusando das gírias.

Enfim, Trovão Tropical marcou de vez o ano passado e é passatempo OBRIGATÓRIO pra quem tá afim de dar muita risada.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dead Snow



EIN...ZWEI...DIE!!!!!

Vamos ser sinceros: pra quem é fã de filmes de terror, o ano por enquanto tá muito fraco. Não é a toa que teve um monte de gente endeusando os remakes do Sexta-feira 13 e Dia dos Namorados Macabro(em 3D)...

...Mas porra, pelo menos, um bom filme teve esse ano, e não veio dos States, e sim da...Noruega?

Pois é, o filme de terror do ano(até agora...) veio desse país localizado na Península Escandinava e conhecido por seus campos gelados, onde uns fanáticos por filmes de terror decidiu fazer uma bela homenagem ao gênero, num misto de Evil Dead+Fome Animal, de onde surgiu...DEAD SNOW!

A história, é nada menos que a velha ladainha de sempre: um grupo de estudantes de medicina decidem ir até uma cabana abandonada(Evil Dead?) longe das grandes cidades, onde não há carros nem celulares por perto. O que era para ser um fim de semana com sexo, drogas e esportes radicais na neve se torna em uma chacina, quando eles descobrem que no lugar habitam zumbis nazistas, que matam qualquer um que passa por lá. Um a um, os jovens vão sendo desmembrados e devorados pelos mortos vivos. Simples.

A história, como eu falei, não é nem um pouco original, você já viu esse filme, mas não da mesma maneira, que só Dead Snow mostra. Tanto do lado dos humanos quanto dos zumbis o sangue rola solta: zumbis desmembrando pessoas, zumbis sendo despedaçados por moto serras, tripas em árvore...é um prato cheio pros fãs de gore.

No início o filme até demora pra engrenar, eles no início tentam esconder os zumbis, as cenas noturnas são difíceis de entender o que se passa...mas a cada minuto o filme vai melhorando, com uma boa direção e trilha sonora do caralho! Uma hora, um dos estudantes está matando um zombie nazis com uma foice e um martelo, quando correm em direção a mais zumbis fazendo o simbolo do comunismo hahahahaha.

Tá certo, os personagens não são nada brilhantes. Tem o gordo fanático por filme, que veste a camiseta do Dead Alive do Peter Jackson(que pra quem não sabe, hoje fez a porcaria da trilogia do Senhor dos Anéis), uma loira atirada pro gordinho(só em filme mesmo), um besta metido a comediante, o casal...enfim, nada muito diferente dos personagens do gênero. Mas ainda sim você se apega a eles, e até torce para que não morram, diferente dos personagens bestas dos já citados Dia dos Namorados Macabro e Sexta-feira 13...

Enfim, Dead Snow NÃO É RECOMENDADO para quem é fã de blockbuster ou filmes com roteiros brilhantes. É pra quem é fã, assim como eu, de muito gore e diversão. É ALTAMENTE RECOMENDADO pra quem quer juntar os amigos pra rir, abrir uma cerveja e comer um churrasco, enquanto vê um bando de zumbis matando e morrendo. Do que mais você precisa?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Primeiras Impressões

O 'Primeiras Impressões' é o seguinte: como ando um pouco sem tempo para postar, vou deixar as primeiras impressões de filmes que vi recentemente para mais tarde trazer uma crítica do filme... ao menos para dizer que não o atualizei. Então lá vai:



X-Men Origens: Wolverine
Depois do fiasquento terceiro filme dos X-Men, Wolverine ganha seu filme solo, e mesmo com dezenas de mutantes aparecendo, como Gambit, o filme ainda é dele. Muitas cenas de ação boas...só faltou uma coisa: sangue. Wolverine censura 13 anos?

Star Trek
Não sei o que diabos é klingon, mas curti essa nova adaptação da série de ficção científica mais nerd do mundo. Bom elenco, boa direção do JJ Abraão... será que a série conseguiu superar a nova trilogia Star Wars?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Dragonball Evolution

Muitas vezes durante sua vida, o ser humano tem tendências meio...sadomasoquistas, ou "saudosista" como diria meu pai. Pois bem, uma das minhas tendências é que gosto de quebrar a cara mesmo depois que todo mundo me avisa pra eu não me meter em encrenca. Neste caso, mesmo sabendo da bomba que seria Dragonball Evolution, adaptação americana ao clássico anime Dragon Ball, algo me motivava a ir ao cinema assistí-lo. A primeira vez que tentei foi na estréia, mas por sorte um pouco de razão tomou meu corpo e me afastei da bilheteria. Depois, várias pessoas começaram a dar a sua opinião sobre o filme, nenhuma críticia positiva ao filme. "Estamos diante de um novo Street Figher?" logo eu pensei...a minha vontade de assistir só aumentava. Até que depois de descobrir que os dubladores do desenho estavam presentes na versão dublada do filme, cedi aos meus desejos e finalmente entrei no cinema para ver Dragonball Evolution. A acreditem ou não...saí com um sorriso amarelo da sessão!

Pra quem não sabe o que diabo são essas Bolas do Dragão, voltemos aos anos 90, quando no Sábado Animado do SBT era exibido no fim da manhã um desenho chamado Dragon Ball. O desenho mostrava as aventuras de Son Goku, um garoto com cauda que tinha forças descomunais e vivia sozinho depois do falecimento do avô Son Gohan, que se une a uma garota chamada Bulma e os dois partem em busca das esferas do Dragão(as Dragon Balls do título), que segundo a lenda, se você as unisse soltaria Shenlong, um dragão aprisionado dentro das esferas que poderia realizar qualquer desejo. Mas não era apenas Goku e Bulma que desejavam as sete esferas, como Pilaf e a equipe Red Ribon. No meio do caminho, Goku é treinado pelo Mestre Kame, que ensina ao garoto o famoso Kame-hame-ha, além de conhecer Yamcha e Paus, dois ladrões sem noção. Descobre-se também que Goku se transforma em um grande macaco(Oozaro) e que só cortando seu rabo ele poderá voltar ao normal. Goku também conhece Chi-chi, filha do rei Cutelo, ele diz a ela que no futuro os dois irão se casar. No fim da série surge Piccolo, que mata a todos os amigos de Goku, ao fim ele morre e de seu corpo surge Piccolo Jr.

Ok, leram o resumo do desenho, agora esqueçam tudo o que eu escrevi. Dragonball Evolution(Dreiguenbóu Evilatchión na versão dublada) conta a história de Son Goku, um garoto que vive com seu avô Son Gohan que o ensina artes marcias todos os dias. Na escola, Goku é humilhado e perseguido por seus colegas, além de não ser levado a sério por seus professores. Logo, o garoto se apaixona por Chi Chi, namorada de um dos valentões da escola. Frustrado por não conseguir chamar a sua atenção e por não poder usar seus poderes na aula, Goku não ouve o seu avô. Quando completa 18 anos, Goku recebe de seu avô uma das esferas do dragão, e seu avô promete contar ao neto a sua origem e o significado da esfera do dragão. Mas o garoto acaba fugindo de casa pra ir a uma festa na casa de Chi Chi(Titi no dublado), nesse tempo Piccolo, um perigoso demônio aprisionado graças as esferas do dragão volta com sua assistente Mai e matam Son Gohan. Nisso Goku se une a Bulma, que também teve uma esfera do dragão roubada por Piccolo e partem em busca das outras esferas. No caminho conhecem o mestre Roshi, um velho tarado que sabe o famoso Kame-hame-ha.

Sendo assim, deixei da lado aquela vontade de nerd de ficar reclamando da fidelidade do filme e tentei assistí-lo como se nunca tivesse ouvido falar de Dragon Ball, o único jeito de tentar apreciar o filme. E querem saber? Dragonball Evolution é um daqueles que de tão ruim fica bom...ou no mínimo você acha muita graça! Enquanto a sessão rolava, não me contive nas minhas risadas durante o filme. O melhor diálogo é sem dúvida o do Goku: "Vovô, você me ensinou a lutar artes marcias muito bem, mas me ensine a conquistar as garotas."!!!!!!!!!!!! HAHAHAHAHAHAHAHA, ou seja, tranformaram a série numa cópia barata de Homem-Aranha. Pensem num Homem-Aranha misturado com Mortal Kombat e Street Fighter, assim vocês terão Dragonball Evolution, simplesmente castraram as bolas do dragão.

O filme é um festival de defeitos desde o início, a começar com seus efeitos capengas que não convencem em momento algum. Quando Goku se torna Oozaro, totalmente feito por computador, ele se assemelha com um dos lobisomens daquela série Anjos da Noite só que mais vagabundo ainda. Piccolo mais se parece com a Vera Verão pintada de verde...sem contar as lutas, piores que todas as do 300 e Watchmen sem dúvida alguma. Mas acho que o pior de tudo ainda são os poderes usados pelos personagens, especialmente sobre o Kame-hame-ha. Tudo o que eu esperava era ver o Kame-hame-ha sendo soltado no fim do filme, mas nada lembra o do desenho. Quando o Roshi ensina a Goku, é o festival de risadas, pois Roshi fica o tempo todo fazendo malabarismos do Circo de Soleil e caretas, constrangedor. Quanto ao elenco, bem...elenco totalmente vergonhoso, o único que ainda se salva é Chow Yun-Fat, amigão de John Woo que atuou no fodástico Hard Boiled, que em certos momentos até consegue lembrar o mestre Kame, principalmente por seu jeito taradão.

O que mais me deixa decepcionado é saber que poderia ter saído um bom filme dai, mas a Fox estragou tudo ao tentar adaptar Dragonball como uma espécie de Homem-Aranha misto Mortal Kombat...aí saiu essa coisa aí.

O legal é que se você olhar Dragonball Evolution esquecendo a série na sua cabeça, rola altas risadas dessa tosquice, pois é daqueles quanto mais ruim melhor...