sábado, 31 de outubro de 2009

Cop Land

Até hoje tem os metidos a fã de Almodovares e Lars Von Triers da vida que ignoram a carreira de feras como Silvester Stallone e Arnold Schwarzenegger. Claro, não é só eles, tem muita gente que ridiculariza a carreira dos dois. Total preconceito contra a carreira dos dois. Tanto Sly quanto Arnie são BONS naquilo que eles fazem melhor, ou seja, filmes de ação. Exterminador do Futuro 4 está aí pra provar que os primeiros filmes eram bons não apenas por causa do envolvimento de Cameron, mas por graças à atuação do ex-Mister Olympia como ciborgue. Sua falsa participação no quarto filme é a melhor cena durante a projeção no cinema, pena que é curta. Sly também, fez carreira atuando em Rocky e Rambo. Nenhum The Rock ou Vin Diesel da vida vai chegar ao patamar desses caras aí. Claro, os dois já tiveram seus deslizes, até o Stallone teve mais que o governator, mas ainda bem que existem filmes como Cop Land pra mostrar aos metidos a cults que Sly sabe sim atuar.

Escrito e dirigido em 1997 por um ainda desconhecido James Mangold, que mais tarde faria filmaços como Walk the Line e Os Indomáveis, o filme coloca Stallone no meio de feras como Robert De Niro(antes de fazer porcarias como Entrando numa Fria e As Duas Faces da Lei), Harvey Keitel(que anda sumido ou me enganei?) , Ray Liotta(outro que nunca mais vi) e Robert Patrick(idem) enquanto ainda tinham prestígio.

A história envolve uma conspiração policial na chamada Cop Land, pequena sociedade próxima de New York formada por policiais que trabalham na maior cidade do mundo, mas que vivem com suas famílias afastadas de toda aquela loucura. Quando um dos moradores de Cop Land, Murray Superboy, acaba matando dois negros que simulavam estar armados, os políciais da cidade, comandados por Ray(Keitel), decidem inserir pistas falsas pra ajudar o rapaz, mas sem sucesso. Decidem então simular o suicídio do policial, que morreria como herói. Sem acreditar no ocorrido, o policial Moe(De Niro), decide investigar o ocorrido, mas pressionado pelo prefeito é obrigado a largar do caso.

No meio de tudo isso está Freddy Heflin(Sly), o Xerife de Cop Land. Surdo de uma orelha após salvar a vida da mulher que mais ama e está casada com um policial brigão, o acidente custou sua entrada na Corporação, sendo obrigado a aceitar o posto de xerife do local. Freddy é visitado por Moe, que pede sua ajuda, mas ignora. Quando Ray vê que não pode mais esconder Murray, decide que ele e seus homens devem matá-lo, mas este consegue escapar e visita Freddy. Finalmente o xerife resolve agir como policial, ajudado por Figgis(Liotta), ex parceiro do bando de Ray, enfrentando os policiais corruptos da cidade.

Dez anos antes de Tropa de Elite, Cop Land já mostrava a corrupção dentro da força policial. O filme explora bem a idéia de que mesmo em lugares que na teoria deveriam ser tranquilos pra se viver em sociedade, por debaixo de toda aquela tranqulidade há corrupção e violência, onde todos os habitantes fingem não ouvir e sequer falam sobre o que acontece na cidade.
O confrontro entre Freddy, um cara limpo em meio a tanta podridão, com os policiais é sangrenta e formidável. Realmente faz juz à linha dos westerns urbanos. Anos mais tarde, o diretor aperfeiçoaria os tiroteios em outro filmaço, Os Indomáveis.

Cop Land vale pela ótima história, pelo maravilhoso elenco e suas cenas de tirar o fôlego. É um filme que realmente vale a pena assistir e rever quantas vezes o possível. Uma pena que o filme acabou sendo ignorado e quase não se ouve falar dele.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Arraste-me para o Inferno de Sam Raimi


Ciganos...estão sempre enchendo o saco. Você pode encontrar fácil um grupo de ciganos em alguma praça, tentando ler a sorte na sua mão. Nunca vou me esquecer um dia que eu tava voltando da escola pra casa e uma velha cigana veio pedir pra ler a minha mão. Eu me esquivei e a mulher disse assim para mim: "muita coisa de ruim vai acontecer na minha vida!". Não posso negar que eu tinha realmente ficado com medo do que ela me falou. Imagina se fosse realmente verdade? É claro que se eu tivesse dado 25¢ pra ela, a frase iria ser bem diferente.

Me lembrei desse causo no dia em que li a sinopse do filme Arraste-me para o Inferno, tradução literal(algo raro por aqui) de Drag me to hell, novo filme de Sam Raimi, que pra quem não sabe, é o famoso diretor responsável pela trilogia Evil Dead, ou Uma Noite Alucinante como é conhecida aqui no Brasil. Preciso comentar que se você ainda não viu a trilogia, pare de ler agora e volte quando tiver terminado.

Ah, esqueci, também é diretor da trilogia Homem-Aranha...depois de nadar na grana por causa da saga do cabeça de teia, Raimi decidiu voltar às suas origens.

Na história, Christine Brown(interpretada pela belíssima e suculenta Alison Lohman) acaba não tendo a mesma sorte que eu, quando Sylvia Ganush(Lorna Raver), uma velha cigana, acaba amaldiçoando Christine, que começa a ser violentada por uma força invisível, e em três dias ela será arrastada viva para o inferno por uma força chamada Lâmia. Para que isso não aconteça, ela pede ajuda a Shaun San Dena(Adrianna Barraza), que já lutou com Lâmia no passado.

O filme é quase como se fosse uma releitura dos velhos(e ótimos) filmes do Raimi, uma verdadeira homenagem aos filmes de terror dos anos 80, que já dá pra ver desde o velho letreiro da Universal usado na década e as velhas nojeiras, e novas é claro. Após o letreiro, a trilha sonora já vem com tudo, quando descobrimos que a história inicia ainda em 1969 em Pasadena, quando uma família vem recorrer a uma ainda jovem Shaun San Dena para que ajude a curar um garoto, que há três dias atrás roubou umas jóias de um grupo de ciganos, e que desde lá o menino tem passado por maus bocados. Antes mesmo de poder fazer algo, uma força invisível golpeia os pais do garoto e Shaun San Dena, depois agarrando o garoto, que cai do segundo andar da casa da mulher. O chão começa a se abrir e vemos o garoto sendo levado. E entram os créditos com uma impressionante trilha sonora novamente, composta por Christopher Young, responsável pela música de Hellraiser e que trabalha com Raimi desde Homem-Aranha 2.

Passado vários anos, Shaun San Dena terá a chance de se redimir, quando a inocente Christine Brown é amaldiçoada, quando a cigana Silvya Ganush implora a funcionaria do banco que ajude a salvar a sua casa. Mas para que consiga a tão sonhada promoção em sua carreira e para conseguir o respeito dos pais de seu namorado(Justing Long de Com a Bola Toda), Christine acaba recusando o pedido da senhora. Humilhada em frente à todos, a velha cigana desdentada jura vingança. Então, a noite chega e está na hora de Christine ir embora para sua casa, quando a velha cigana aparece para buscar sua vingança. Após uma longa briga entre as duas(com cenas bem nojentas e engraçadas), a madame Ganush consegue retirar da garota um botão da sua jaqueta e a usa para evocar uma maldição. Christine então vai descobrir da pior maneira que a maldição evoca um demônio chamado Lâmia, que arrasta a alma de suas vítimas para o inferno, mas sem antes fazer com que a garota passe por maus bocados.

Apesar de Raimi tentar apelar para sustinhos rápidos no estilo O Grito e derivados, sua maior conquista é reciclar as velhas idéias usadas em seus filmes anteriores. Ou seja, velhas idéias da série Evil Dead. Espere ver muita gosma, olhos atingindo a boca das pessoas, pessoas (e cabras) possuídas e muita mais. A personagem principal é a versão feminina do Bruce Campbel na famosa trilogia: ela apanha, é torturada, leva litros de sangue e gosma na cara...só faltava ter a mão possuída.

Claro que muito uso de CGI em cima, mas nada que atrapalhe.

No fim das contas, Arraste-me para o Inferno é um retorno agradável de umas das maiores feras do gênero, que um dia quem sabe ainda poderá reviver a série Evil Dead. Enquanto isso não acontece, aproveitem e se divertam com esse divertidíssimo filme!

terça-feira, 16 de junho de 2009

The Killer de John Woo


Antes de queimar o filme indo pros Estados Unidos assinando filmes como A Outra Face e Missão Impossível 2, o diretor chinês John Woo fez alguns dos melhores filmes de ação da história do cinema, mais tarde copiado em jogos de ação como Max Payne e no filme Matrix. No fim dos anos 80 e início dos anos 90 o diretor nos brindou com ótimos filmes como a obra prima Hard Boiled(Fervura Máxima), Bullet in The Head e The Killer(traduzido como...O Matador).

Aqui, novamente trabalhando em parceria com o ator Chow Yun-Fat(que trabalhou em O Tigre e o Dragão, Piratas do Caribe 3 e o já comentado Hard Boiled) e contando também com o famoso ator da Shaw Bros. Danny Lee. Aqui Chow Yun-Fat interpreta um perigoso matador de aluguel chamado Jeff que em uma missão acaba acidentalmente cegando Jennie, uma cantora que estava no lugar quando o matador chega. A cena é uma obra prima difícil de se descrever, a única coisa que posso afirmar é que nunca vi cenas de ação tão bem coreografadas quanto as de Woo: certas horas a ação é frenética enquanto em outras lembram um filme do diretor americano Sam Peckinpah, onde ele mantém tudo em câmera lenta para que você aprecie os detalhes da cena, mostrando o estrago causado pelo protagonista.

Abalado com o ocorrido. o assassino começa a questionar o seu trabalho, quando seu único amigo, um matador aposentado, o chama para mais um trabalho, um poderoso mafioso. Ele pede um milhão e meio de dólares para que depois possa finalmente se aposentar. Enquanto isso o personagem de Danny Lee, o inspetor Lee, é encarregado de proteger o homem que o Jeff irá matar. Após matar o mafioso, o inspetor persegue Jeff, que consegue fugir pra cair numa cilada feita pela pessoa que o contratou. Durante o tiroteio uma criança é baleada e Jeff a leva ao hospital. Lee acaba seguindo Jeff e dentro do hospital os dois ficam cara a cara pela primeira vez. Aos poucos, surge um laço que liga bandinho e mocinho, algo muito copiado por Hollywood esses últimos tempos. Ao mesmo tempo em que Lee começa a cercar a vida de Jeff, o matador, angustiado pelo que fez com Jane, passa a tentar ajudá-la, començando uma estranha relação. O problema é que Lee ameaça o relacionamento dos dois, enquanto Jeff tenta recuperar o dinheiro de seu último trabalho para poder realizar a operação médica que irá recuperar a visão de Jane, que está cada pior. Senão bastasse, o seu antigo chefe deseja exterminá-lo para que não posso o denunciá-lo. Deixando de lado o dever de policial, Lee se une a Jeff para protegerem Jenny e se vingarem de vez dos verdadeiros assassinos.

O filme de John Woo, além de ser carregado com cenas de ação surpreendentes e exageradas(o que eu acho ótimo), conta também com uma boa história, com tempo suficiente para que todos os personagens possam ser explorados de maneira satisfatória à trama. Mas como eu disse, há espaço para genias tiroteios e perseguições, entre elas a final, centrada em um mosteiro, onde Lee e Jeff tem a chance de se vingar. E em hora alguma o filme se arrasta, usando muitos diálogos e ação.


The Killer está mais para um drama sobre uma assassino assombrado pelo seu passado, que vê em um policial um amigo e numa cantora cega a chance de fazer algo bom. Mas não espere um final feliz dos filmes americanos, John Woo faz um filme bem pesado. Pena que com o sucesso e a chance de ir para os Estados Unidos, ele tenha esquecido como fazer cinema.

sábado, 30 de maio de 2009

Trovão Tropical


Enquanto ainda tem gente que teima em dizer que 2008 foi o ano do Batman, eu ainda teimo em dizer que o morcegão não fez nada que não deveria ter feito obrigatóriamente. Ano passado tivemos ótimos filmes, como o ótimo Os Indomáveis(sem dúvida o melhor do ano para mim), Encarnação do Demônio, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, O Incrível Hulk, Homem de Ferro, Agente 86 e...Trovão Tropical. O blockbuster dirigido por Ben Stiller superou todos os filmes de comédia lançados e conseguiu deixar Steve Carrel no chinelo, coisa que eu nunca imaginaria que Ben Stiller conseguiria fazer.

A história é uma paródia a indústria cinematográfica de Hollywood, onde um diretor inglês tenta fazer a adaptação de um livro de um ator veterano da guerra do Vietnã, contando com um elenco de estrilhas. Aí onde esntra Ben Stiller que numa espécie de paródia a sua própria vida, interpreta o ator Tugg Speedman que ficou famoso por seus papéis de herói de ação que tenta fazer um filme de drama "de retardado" para mostrar que é um ator sério, mas acaba virando motivo de sarro, além de Robert Downey Jr.(que voltou aos cinemas com Homem de Ferro), um ator consagrado pelos prêmios e pelas polêmicas, que acaba fazendo uma controversa cirurgia para virar negro e poder interpretar um sargento negro e Jack Black como o balofo Jeff Portnoy, que atua em vários papéis em um único filme de comédia em que fica mega gordo e solta piadas sobre puns(Eddie Murphy???) que tem problemas com drogas, além do rapper Alpa Chino(sério hahahahaha) e um ator iniciante interpretado por Jay Baruchel de Ligeiramente Grávidos. Por culpa dos atores, o filme está atrasado e o orçamento já ultrapassou o esperado, assim o produtor(não vou revelar quem é, só prestem atenção) ameaça o diretor e manda ele terminar esse filme de uma vez por todas.

Assim, ele e Quatro Folhas(interpretado por ninguém menos que Nick Nolte) decidem levar aos atores a selva de verdade, espalhando câmeras pra tudo quanto é lado e deixar os atores por lá, até terminarem o filme. O que eles não contavam é que há traficantes de papoula por lá, e os atores acabam entrando numa guerra de verdade. Speedman decide levar a coisa a sério mas é sequestrado pelos traficantes que quando descobrem que se trata do famoso ator, eles ficam emocionados por gostarem do seu filme "de retardado", Simple Jack(que na verdade é o único filme que eles tem na vila e que assistem todo o dia), assim decidem ligar para o produtor e o agente de Tugg(interpretado por Mathew McConaughey) e pedem uma alta quantia de dinheiro para não matarem o ator. O produtor não acredita e ameaça matar todos os traficantes se continuarem a encher o saco dele. Obrigam Tugg a participar de uma peça de teatro pra toda a vila baseado em Simple Jack senão irão matá-lo. Nisso os outros atores estão perdidos no meio do mato. Lazarus fica o tempo todo usando gírias e expressões de negros, o que irrita Alpa Chino, que começa a descobrir um lado que não sabia que tinha, enquanto Portnoy fica desesperado quando perde suas balinhas. É quando descobrem que não estão mais em um filme e descobrem ao que Speedman está submetido. Para sobreviverem, eles terão que deixar as diferenças (e as drogas de lado) e entrarem na guerra. Claro que isso é motivo suficiente para fazer o espectador rolar de rir.

Trovão Tropical não pega leve com ninguém, é um sarro atrás do outro onde ninguém se salva. É um daqueles filmes que você não pode levar a sério momento algum, assim como o clássico "Com a Bola Toda". Mas é claro, sempre tem gente pra criticar e reclamar, o que é normal, principalmente para um filme politicamente incorreto. Não vejo problema em comparar com os grandes clássicos do gênero da comédia, e em tempos em que só fazem paródias repetidas e chatas, Ben Stiller nos brindou com o que há de melhor em termos do gênero, unindo um elenco ótimo onde muitos, inclusive o próprio Ben Stiller, não faziam algo tão bom em muito tempo. Esperem até ver a atuação do Tom Cruise, que está totalmente diferente do que vemos em outros filmes e na Oprah, aqui o galã se diverte, abusa nos palavrões e dançando. Sem contar Downey Jr. como sargento negro abusando das gírias.

Enfim, Trovão Tropical marcou de vez o ano passado e é passatempo OBRIGATÓRIO pra quem tá afim de dar muita risada.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dead Snow



EIN...ZWEI...DIE!!!!!

Vamos ser sinceros: pra quem é fã de filmes de terror, o ano por enquanto tá muito fraco. Não é a toa que teve um monte de gente endeusando os remakes do Sexta-feira 13 e Dia dos Namorados Macabro(em 3D)...

...Mas porra, pelo menos, um bom filme teve esse ano, e não veio dos States, e sim da...Noruega?

Pois é, o filme de terror do ano(até agora...) veio desse país localizado na Península Escandinava e conhecido por seus campos gelados, onde uns fanáticos por filmes de terror decidiu fazer uma bela homenagem ao gênero, num misto de Evil Dead+Fome Animal, de onde surgiu...DEAD SNOW!

A história, é nada menos que a velha ladainha de sempre: um grupo de estudantes de medicina decidem ir até uma cabana abandonada(Evil Dead?) longe das grandes cidades, onde não há carros nem celulares por perto. O que era para ser um fim de semana com sexo, drogas e esportes radicais na neve se torna em uma chacina, quando eles descobrem que no lugar habitam zumbis nazistas, que matam qualquer um que passa por lá. Um a um, os jovens vão sendo desmembrados e devorados pelos mortos vivos. Simples.

A história, como eu falei, não é nem um pouco original, você já viu esse filme, mas não da mesma maneira, que só Dead Snow mostra. Tanto do lado dos humanos quanto dos zumbis o sangue rola solta: zumbis desmembrando pessoas, zumbis sendo despedaçados por moto serras, tripas em árvore...é um prato cheio pros fãs de gore.

No início o filme até demora pra engrenar, eles no início tentam esconder os zumbis, as cenas noturnas são difíceis de entender o que se passa...mas a cada minuto o filme vai melhorando, com uma boa direção e trilha sonora do caralho! Uma hora, um dos estudantes está matando um zombie nazis com uma foice e um martelo, quando correm em direção a mais zumbis fazendo o simbolo do comunismo hahahahaha.

Tá certo, os personagens não são nada brilhantes. Tem o gordo fanático por filme, que veste a camiseta do Dead Alive do Peter Jackson(que pra quem não sabe, hoje fez a porcaria da trilogia do Senhor dos Anéis), uma loira atirada pro gordinho(só em filme mesmo), um besta metido a comediante, o casal...enfim, nada muito diferente dos personagens do gênero. Mas ainda sim você se apega a eles, e até torce para que não morram, diferente dos personagens bestas dos já citados Dia dos Namorados Macabro e Sexta-feira 13...

Enfim, Dead Snow NÃO É RECOMENDADO para quem é fã de blockbuster ou filmes com roteiros brilhantes. É pra quem é fã, assim como eu, de muito gore e diversão. É ALTAMENTE RECOMENDADO pra quem quer juntar os amigos pra rir, abrir uma cerveja e comer um churrasco, enquanto vê um bando de zumbis matando e morrendo. Do que mais você precisa?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Primeiras Impressões

O 'Primeiras Impressões' é o seguinte: como ando um pouco sem tempo para postar, vou deixar as primeiras impressões de filmes que vi recentemente para mais tarde trazer uma crítica do filme... ao menos para dizer que não o atualizei. Então lá vai:



X-Men Origens: Wolverine
Depois do fiasquento terceiro filme dos X-Men, Wolverine ganha seu filme solo, e mesmo com dezenas de mutantes aparecendo, como Gambit, o filme ainda é dele. Muitas cenas de ação boas...só faltou uma coisa: sangue. Wolverine censura 13 anos?

Star Trek
Não sei o que diabos é klingon, mas curti essa nova adaptação da série de ficção científica mais nerd do mundo. Bom elenco, boa direção do JJ Abraão... será que a série conseguiu superar a nova trilogia Star Wars?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Dragonball Evolution

Muitas vezes durante sua vida, o ser humano tem tendências meio...sadomasoquistas, ou "saudosista" como diria meu pai. Pois bem, uma das minhas tendências é que gosto de quebrar a cara mesmo depois que todo mundo me avisa pra eu não me meter em encrenca. Neste caso, mesmo sabendo da bomba que seria Dragonball Evolution, adaptação americana ao clássico anime Dragon Ball, algo me motivava a ir ao cinema assistí-lo. A primeira vez que tentei foi na estréia, mas por sorte um pouco de razão tomou meu corpo e me afastei da bilheteria. Depois, várias pessoas começaram a dar a sua opinião sobre o filme, nenhuma críticia positiva ao filme. "Estamos diante de um novo Street Figher?" logo eu pensei...a minha vontade de assistir só aumentava. Até que depois de descobrir que os dubladores do desenho estavam presentes na versão dublada do filme, cedi aos meus desejos e finalmente entrei no cinema para ver Dragonball Evolution. A acreditem ou não...saí com um sorriso amarelo da sessão!

Pra quem não sabe o que diabo são essas Bolas do Dragão, voltemos aos anos 90, quando no Sábado Animado do SBT era exibido no fim da manhã um desenho chamado Dragon Ball. O desenho mostrava as aventuras de Son Goku, um garoto com cauda que tinha forças descomunais e vivia sozinho depois do falecimento do avô Son Gohan, que se une a uma garota chamada Bulma e os dois partem em busca das esferas do Dragão(as Dragon Balls do título), que segundo a lenda, se você as unisse soltaria Shenlong, um dragão aprisionado dentro das esferas que poderia realizar qualquer desejo. Mas não era apenas Goku e Bulma que desejavam as sete esferas, como Pilaf e a equipe Red Ribon. No meio do caminho, Goku é treinado pelo Mestre Kame, que ensina ao garoto o famoso Kame-hame-ha, além de conhecer Yamcha e Paus, dois ladrões sem noção. Descobre-se também que Goku se transforma em um grande macaco(Oozaro) e que só cortando seu rabo ele poderá voltar ao normal. Goku também conhece Chi-chi, filha do rei Cutelo, ele diz a ela que no futuro os dois irão se casar. No fim da série surge Piccolo, que mata a todos os amigos de Goku, ao fim ele morre e de seu corpo surge Piccolo Jr.

Ok, leram o resumo do desenho, agora esqueçam tudo o que eu escrevi. Dragonball Evolution(Dreiguenbóu Evilatchión na versão dublada) conta a história de Son Goku, um garoto que vive com seu avô Son Gohan que o ensina artes marcias todos os dias. Na escola, Goku é humilhado e perseguido por seus colegas, além de não ser levado a sério por seus professores. Logo, o garoto se apaixona por Chi Chi, namorada de um dos valentões da escola. Frustrado por não conseguir chamar a sua atenção e por não poder usar seus poderes na aula, Goku não ouve o seu avô. Quando completa 18 anos, Goku recebe de seu avô uma das esferas do dragão, e seu avô promete contar ao neto a sua origem e o significado da esfera do dragão. Mas o garoto acaba fugindo de casa pra ir a uma festa na casa de Chi Chi(Titi no dublado), nesse tempo Piccolo, um perigoso demônio aprisionado graças as esferas do dragão volta com sua assistente Mai e matam Son Gohan. Nisso Goku se une a Bulma, que também teve uma esfera do dragão roubada por Piccolo e partem em busca das outras esferas. No caminho conhecem o mestre Roshi, um velho tarado que sabe o famoso Kame-hame-ha.

Sendo assim, deixei da lado aquela vontade de nerd de ficar reclamando da fidelidade do filme e tentei assistí-lo como se nunca tivesse ouvido falar de Dragon Ball, o único jeito de tentar apreciar o filme. E querem saber? Dragonball Evolution é um daqueles que de tão ruim fica bom...ou no mínimo você acha muita graça! Enquanto a sessão rolava, não me contive nas minhas risadas durante o filme. O melhor diálogo é sem dúvida o do Goku: "Vovô, você me ensinou a lutar artes marcias muito bem, mas me ensine a conquistar as garotas."!!!!!!!!!!!! HAHAHAHAHAHAHAHA, ou seja, tranformaram a série numa cópia barata de Homem-Aranha. Pensem num Homem-Aranha misturado com Mortal Kombat e Street Fighter, assim vocês terão Dragonball Evolution, simplesmente castraram as bolas do dragão.

O filme é um festival de defeitos desde o início, a começar com seus efeitos capengas que não convencem em momento algum. Quando Goku se torna Oozaro, totalmente feito por computador, ele se assemelha com um dos lobisomens daquela série Anjos da Noite só que mais vagabundo ainda. Piccolo mais se parece com a Vera Verão pintada de verde...sem contar as lutas, piores que todas as do 300 e Watchmen sem dúvida alguma. Mas acho que o pior de tudo ainda são os poderes usados pelos personagens, especialmente sobre o Kame-hame-ha. Tudo o que eu esperava era ver o Kame-hame-ha sendo soltado no fim do filme, mas nada lembra o do desenho. Quando o Roshi ensina a Goku, é o festival de risadas, pois Roshi fica o tempo todo fazendo malabarismos do Circo de Soleil e caretas, constrangedor. Quanto ao elenco, bem...elenco totalmente vergonhoso, o único que ainda se salva é Chow Yun-Fat, amigão de John Woo que atuou no fodástico Hard Boiled, que em certos momentos até consegue lembrar o mestre Kame, principalmente por seu jeito taradão.

O que mais me deixa decepcionado é saber que poderia ter saído um bom filme dai, mas a Fox estragou tudo ao tentar adaptar Dragonball como uma espécie de Homem-Aranha misto Mortal Kombat...aí saiu essa coisa aí.

O legal é que se você olhar Dragonball Evolution esquecendo a série na sua cabeça, rola altas risadas dessa tosquice, pois é daqueles quanto mais ruim melhor...

domingo, 26 de abril de 2009

Atualização


Punisher War Zone foi lançando direto pra DVD no Brasil como Justiceiro: Zona de Guerra.
Não percam a oportunidade e confiram esse puta filme do caralho! Confiram a capa do filme acima.

Quantum of Solace - A cagada de James Bond


"O nome é Bond, James Bond". É assim que o nosso imortal agente secreto 007 se despede no fim do filme(o simplesmente fodástico) Cassino Royale, nova reinvenção da franquia.

Aí de lá pra cá, a série novamente voltou a chamar a atenção, trazendo novos fãs a série e agradando aos antigos. Daniel Craig deixou bem claro que seu Bond não estava para brincadeiras. Era claro que sairia uma continuação direta, a primeira de um filme de Bond...

Mas aí surge um problema: Martin Campbel, diretor do Cassino Royale acaba pulando fora, e no seu lugar entra Marc Foster, conhecido por dramas como Caçador de Pipas e A Última Ceia. Ou seja, nunca pareceu um cara muito apropriado para dirigir um filme do James Bond. Mas por um lado eu sempre pensei o seguinte: a história desse filme possuía um grande potencial para que houvesse uma carga emocional a ser explorada, já que Bond está em busca de vingança pelos assassinos de Vesper Lynd(a deliciosíssima Eva Green). Era uma questão de achar o ritmo certo para o filme nas mãos do novo diretor, pois se ele fizesse o contrário, dedicando mais tempo do filme para ação e não para a história em si, a chance de fracasso seria bem grande.

Mas não adiantou, a cagada já estava anunciada mesmo. Cassino Royale foi um filme que me pegou de surpresa, fui arrastado no cinema por meu amigo lá em Santa Maria e saí achando que tinha visto o melhor filme do ano. Na época, já estava longe dos filmes do 007 graças aos filmes do Pierce Brosnan. Sendo assim, Quantum Of Solace podia não ser melhor que Cassino Royale, mas ao menos devia superar as expectativas. Sendo assim, convoquei meus amigos e fomos ao cinema, esperando sair satisfeitos.

Se tem uma lição que eu aprendi vendo filmes todos esses anos é que se você quer ganhar o expectador, a primeira cena do filme já deve ser marcante o suficiente para chamar a atenção de sua platéia, com algumas excessões é claro. Pra quem não sabe, a série tem normalmente boas entradas, só ver o exemplo do Cassino Royale. O início de Quantum of Solace foi o suficiente para eu querer sair da sala de cinema: em seus primeiros minutos já rola uma perseguição de carros, uma das piores cenas de perseguição que eu já vi, com tudo de ruim que pode haver num filme de ação, como câmeras tremidas e edição frenética onde você não sabe direito o que está acontecendo. A cena termina com 007 tirando o Sr. White, que no fim do anterior é baleado pela agente secreto, do porto malas do carro, com o objetivo de interrogá-lo. Surge então os créditos e a apresentação, como em todos os filmes. Quanto os créditos, só posso dizer que não é a pior, mas também podia ser muito melhor, com uma música tocada por Alicia Keys, Another Way to Die.

Bond junto com M começa a interrogar Sr. White, e descobre que há uma organização secreta por trás da morte de Vesper. A partir daí, Bond decide ir atrás da tal organização, onde acaba enfrentando Dominic Green, que supervisiona a organização, com a ajuda de Camile(a bela Olga Kurylenko).

O maior problema do Quantum of Solace(pra não chamar de Quantum of Shit) são de fato suas cenas de ação, todas imitações das cenas de perseguição do Cassino Royale, ou seja, muitas perseguições que chegam a encher o saco. E como eu já havia dito, todas elas possuem câmera com mal de parkinson e edição frenética que enche o saco. Na verdade, o esquema do filme mais parece de filme pornô, eu sei que a comparação é idiota, mas olha só: são 5 minutos de diálogo e já entra uma cena de ação.

A única cena que tinha realmente potêncial é uma cena na ópera, em que Bond presencia a reunião da tal organização durante a apresentação. Podia ter sido uma ótima cena, senão fosse estragada pela direção de Marc Foster.

Quantum of Solace acabou com as expectativas e acabou sendo apenas mais um filme ruim, e que sem dúvida alguma, foi a maior decepção do ano passado. Resta saber se os filmes com Daniel Craig vão seguir os passos de seu antecessor, Pierce Brosnan, que começou com um reinício da franquia no ótimo GoldenEye(também dirigido por Martin Campbell) e depois só apareceu em porcarias como Amanhã Nunca Morre e Um Novo Dia para Morrer. Já Marc Foster irá dirigir World War Z, um filme de zumbis, enquanto a franquia espera até 2011, data em que Bond 23 será provavelmente lançado.

Enfim, Marc Foster com seu novo Bond conseguiram fazer uma cagada sem tamanho. Não recomendo para nenhum fã da franquia e muito menos para quem não é fã.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Punisher War Zone: O renegado filme da Marvel...



Pois é, a Marvel anda inovando. Depois de aprender com seus erros, começou a adaptar de maneira decente seus quadrinhos. Criou seu próprio estúdio e já lançou longas-metragens baseados no Homem de Ferro e O Incrível Hulk, ambos ótimos filmes e que fizeram uma boa bilheteria(principalmente o Homem de Ferro, diga-se de passagem). Nessa leva, a Lionsgate decidiu lançar um novo filme do Justiceiro, baseado na sua linha de quadrinhos MAX. Pra quem não sabe, essa linha exibe bastante violência, de lá surgiram os Zombies Marvel e Ash vs Zombies Marvel pra se ter uma idéia. Para a missão foi contrada a iniciante (porém boa) Lexi Alexander, que tinha Hooligans em seu currículo.

Lembrando que o filme já teve outras duas adaptações: a primeira dirigida por Mark Goldblatt(famoso editor, trabalhou em filmes como Exterminador do Futuro 1 e 2, Comando para Matar, Predador 2 entre outros) em 1989 e estralada pelo brutamontes Dolph Lundgren e mais recentemente em 2004, dirigida por Jonathan Hensleigh(diretor do péssimo Bem Vindo a Selva) e estrelada por Thomas Jane como Justiceiro e John Travolta como vilão. Sinceramente, a primeira pode não ser fiel no visual, mas no espírito da coisa talvez ainda seja Frank Casttle., Dolph Lungren nem chega a atuar mal no papel do vigilante(pelo menos eu achei, me chamem de louco). Já o problema da adaptação é o fato de tornar a história do Justiceiro em um filme PG-13, para que crianças a partir dos 13 anos possam ver o filme. Ou seja: amenizaram a história e tiraram toda a violência do filme.

A diretora Lexi Alexander deixou bem claro no início que seu filme não seria uma continuação da última adaptação. Seria um novo filme, sem pensar em recontar (novamente) a origem do vigilante. Em seu filme, Castle(vivido pelo ator Ray Stevenson) está caçando uma família de mafiosos italianos liderada por Gaitano Cesare. O velho chefia Billy Russoti (Dominic West), um mafioso metido a boa pinta que não para a cada instante de se olhar no espelho. Depois de promover um massacre na mansão de Cesare, o Justiceiro segue Russoti até seu esconderijo, onde derruba o vilão dentro de um moedor de garrafas de vidro e desfigura o sujeito. Durante a empreitada, o vigilante acaba matando um oficial do FBI disfarçado, casado e com uma filha, assim como o próprio Frank. Se sentindo culpado, Frank pensa em desistir do papel de Justiceiro. O problema é que Billy está vivo, apesar de estar totalmente deformado, assumindo o papel de Retalho, que decide se vingar da família do agente do FBI morto. Para isso, começa a alistar todas as gangues de Nova York para dar um fim no famoso vigilante, junto com seu lunático irmão Loony Bin Jim(Doug Hutchison de À Espera de um Milagre), livre do manicômio.

Com uma história simples, sem precisar se preocupar em mostrar as origens do herói como todas as adaptações tentam fazer, o filme dá ao espectador o que mais deseja ver. Ou seja, cenas de ação de tirar o fôlego, contando com uma boa dosagem de violência. A diretora não precisa apelar para câmeras com mal de parkinson que ficam tremendo a cada segundo, e investe em tiroteios fantásticos, com direito a muito sangue escorrendo pela tela. Esperem até ver a cena de entrada do Justiceiro entrando na mansão de Cesare, onde não poupa velhos ou mulheres. Na cena, ele desliga as luzes e surge em cima da mesa de janta onde estão todos os mafiosos e começa decaptando a cabeça de um sujeito, depois quebra o pescoço de sua esposa e enfia uma faca no crânio de outro. O detalhe: tudo em On Screen, sem desviar da violência. Aliás, Castle mata seus inimigos das maneiras mais absurdas que há: além de vários tiros na cabeça, explode um maconheiro praticante de Le Parkour(aquela merda em que ficam pulando de muros e etc) com uma bazoca, esmaga a cabeça de um emo drogado com um soco e executa a queima roupa outro infeliz com um tiro de espingarda na cabeça. Sem contar a cena em que ele coloca o vilão no moedor de garrafas que é de deixar qualquer um de boca aberta durante a cena, fazendo a famosa cena da piscina de seringas do Jogos Mortais 2 parecer brincadeira dos Ursinhos Carinhosos.

Outro fator que me deixou satisfeito foi a atuação de Ray Stevenson. Dolph Lundgren e Thomas Jane, para mim, não foram maus Justiceiros, o maior problema foram os filmes em que se meteram. Mas Ray Stevenson é sem dúvida alguma o melhor Justiceiro até agora. Quem lê os quadrinhos sabe do que eu to falando, o cara É o Frank Castle. Sua semelhance com o vigilante é a mesma e a do Mickey Rourke com o personagem Marv no filme Sin City, só que sem precisar de maquiagem. Sua atuação também está ótima, ele realmente soube mostrar o personagem do jeito que ele realmente é: a de um homem atormentado pela morte de sua família, que não vê outra saída a não ser matar todos os criminosos que puder, sem medo de morrer. Mas além de tudo, um homem cansado de fazê-lo.

Também é mostrado no filme o "envolvimento" de Frank Castle e a polícia de Nova York. Até onde eu li, não me lembro de ter lido sobre o policial que persegue o vigilante, mas achei muito bom para história o fato do vigilante ter o apoio da polícia, que sempre o deixa escapar e apoia sua cruzada. Aqui há espaço para as cenas cômicas do filme, mas nada exagerando como a dupla cômica da versão de 2004.

Tudo isso se deve graças ao talento da diretora, que com o elenco certo e a história certa soube fazer não só o melhor filme sobre o Justiceiro como posso dizer que é uma das melhores adaptações de quadrinhos da Marvel, deixando o Homem-Aranha e os X-Men no chinelo!! O problema é que ainda ano passado, a diretora foi afastada do filme. Não se sabe ao certo os motivos, mas pra mim ficou claro que a Lionsgate queria censurar o filme para deixar disponível para o público mais jovem de 13 anos, amenizando os palavrões e a violência. Ou seja, fariam a mesma bosta que fizeram na versão de 2004. O filme acabou pegando censura R nos EUA pela MPAA, que é o grupo que censura os filmes por lá deu. Com a censura R, menores de 17 anos só podem entrar na sala acompanhados pelos pais. Aí é claro, a diretora deve ter entrado em conflito para defender seu filme, como ainda não tinha feito muitos filmes o estúdio meteu bronca e acabou a afastando. É, essa Lionsgate é uma merda mesmo, fizeram a mesma coisa com Midnight Meat Train. Isso que os safados também produzem a série Jogos Mortais.

E como fica a situação dos brasileiros? Bem, devido ao fracasso(INJUSTO!!!!) do filme, é claro que ele vai ser lançado direto para o mercado de filme. É, enquanto Anjos da Noite 3(nem vi nunca vou ver) e Dragonball estão no cinema, esse filme você só vai ver em DVD mesmo. Merecia era ao menos uma sessão no cinema que eu já estaria garantido.

No fim das contas, todo mundo apostava que Watchmen seria a adaptação de quadrinhos que ficaria marcada esse ano. Bem, ao menos tentou, porque Frank Castle e Lexi Alexander deixaram bem claros que o ano é deles. Sendo assim, não perca tempo esperando o filme sair em DVD, baixe logo pra dar um prejuízo nesses cretinos. Aproveitem, pois na internet há uma edição ripada do Blu-Ray de 700mb. Garanto a vocês que não encontrar qualidade melhor de imagem. É isso aí mesmo, os caras não querem lançar no cinema? Então vão tomar prejuízo mesmo, aprendam a não tratar os fãs como imbecis e acordem. Punisher War Zone não é um filme pra qualquer um, tem gente que vai reclamar do excesso de violência(sempre tem) e vão achar furos no roteiro. Por isso, War Zone se torna entretenimento pra quem tá afim de curtir altas doses tiroteiro e muito sangue na tela sem se preocupar. Até agora O MELHOR FILME DE AÇÃO e de QUADRINHOS DO ANO! E quero ver quem vai conseguir tirar Frank Castle deste posto...

Nota? É 10!



sábado, 28 de março de 2009

A Invasora(À L' Intérieur)


Só posso dar uma dica a todo mundo: fiquem longe de qualquer crítica, sinopse ou trailer desse filme. Acreditem, quanto menos vocês souberem a respeito desse chocante filme francês que causou polêmica ano passado.

Enquanto ainda tem gente que insiste endeusar porcarias que chamam de terror, como a série Jogos Mortais e o novo Sexta-feira 13, intitulando-os como violentos, esse filme mostra tamanha a ingenuidade do público, com cenas de fazer você agonizar no seu sofá, principalmente se for mulher.

O filme começa com uma ótima cena em cgi(não acredito que estou elogiando uma cena em cgi, mas tudo bem), com um bebe na barriga de uma mãe. Enquanto o vemos ali, ouvimos a seguinte frase: "Meu filho, meu bebê. Finalmente dentro de mim. Ninguém vai tirá-lo de mim. Ninguém vai machucá-lo agora. Ninguém". A cena termina com um barulho de acidente de automóvel e o bebe se ferindo, saindo um pouco de sangue de sua cabeça. Corta para o acidente, onde dentro do carro está Sarah(Alysson Paradis), que está grávida, e seu marido Mathew(Jean-Baptiste Tabourin). Sarah acorda toda machucada e tenta acordar o marido, que está inconsciente. Ela nota que há sangue em sua barriga. Logo entram os créditos.

Se passam quatro meses, e Sarah não é a mesma pessoa. Atormentada pela morte de seu marido, ela está prestes a dar a luz ao seu filho no dia de natal. Sem dar muita atenção a sua mãe, ela decide passar a véspera sozinha em casa, para que no dia seguinte seu chefe, Jean-Pierre(porque diabos sempre há um Jean-Pierre em um filme com franceses?) a leve para o hospital. Sarah passa a tarde tirando fotos de um casal em um parque e vai para sua casa. Sozinha em casa, ela começa a delirar, e temos a primeira cena chocante do filme. Enquanto costura, Sarah tem dorme, e ter um ataque e vomita sem parar, e o seu bebê sai pela sua boca. Uma cena totalmente gráfica e bem feita. Ao acordar, a campainha toca e uma mulher pede para entrar, usando a velha tática do carro quebrado. Sarah diz a mulher que não pode entrar pois seu marido está dormindo, mas a mulher a surpreende dizendo que sabe que o marido de Sarah está morto. Com medo, ela manda a mulher embora. Mas ela vai para a parte de trás da casa. Sem poder ver o seu rosto, Sarah tenta tirar algumas fotos. Ela liga a polícia, enquanto a mulher dá um soco na janela para entrar, rachando o vidro.

A polícia logo chega, mas não conseguem encontrar a mulher, mas avisam que durante a noite os policiais passaram pra ver se ela está bem. Passado um tempo, Sarah vai dormir. É a hora em que a La Femme decide agir, torturando a pobre garota grávida. Sem saber o motivo, Sarah fica à merce da misteriosa mulher, que vai matar qualquer pessoa que tentar impedi-la. A partir daí fica por conta de vocês, pois qualquer detalhe a mais pode estragar a diversão.

Até a invasão de La Femme, o filme elabora cenas de suspense muito boas de lembrar os bons tempos do Halloween de John Carpenter, pra depois se transformar em uma carnificina que não deve em nada as filmes como Fome Animal ou Trash-Náusea Total. Em uma cena, a mulher coloca a ponta de uma tesoura no umbigo de Sarah, e depois corta a sua boca. Além disso, há tiros na cabeça(em on-screen sem cortes), tripas e tudo mais que você pode imaginar, que fazem O Albergue e outros torture porn parecerem Ursinhos Carinhosos. A medida que o tempo passa, você já está tão chocado que acha que nada mais pode te surpreender, até o grande final do filme.
Mesmo que o roteiro não convence em certas partes, deixe de lado os buracos na trama e aproveite o tempo. Garato que, ao terminarem A Invasora, os filmes de terror não vão mais ser os mesmos.

Por incrível que parece, A Invasora foi lançada no Brasil antes mesmo de ser lançado na França.
Então corram já as locadoras para assistirem. Só não inventem de olhar o filme à tarde, e não recomendo olharem enquanto ou depois de comerem.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Próximos textos:

-Zumbis anões incestuosos. Mulheres burras prontas para serem comidas(epa!) e armadilhas pra urso em seus quintais! A Noite dos Mortos Vivos...ou seria...Nights of Terrors/Burial Ground?????

-E ainda, depois de se reinventar com Cassino Royale, 007 caga fora da privada e cai de cara na própria merda em Quantum Of Solace.

-Clint Eastwood, o velho gagá de Hollywood mais durão não voltou a ser Dirty Harry, mas é Walt Kowalski, um personagem que reflete a seus personagens mais durões em Gran Torino.

-Albergue? Jogos Mortais? Isso é pra bichinhas...A Invasora mostra porque os americanos não sabem mais fazer filmes pra chocar...

Busca Implacável(Taken)


Há poucos trailers que eu me lembro de me chamarem a atenção a ponto de fazer com que eu tenha vontade de ver o filme. Logo quando vi o trailer, achei a idéia do filme um tanto batida, mas por ser tão bem feito, sem enrolar, acabou virando comentário após a sessão. Se Zack Snyder tivesse visto esse trailer...

Busca Implacável chegou a ser lançado por aqui antes mesmo de ser lançado por aqui. Enquanto lá fora o filme rendeu muito dinheiro nas bilheterias e elogios, aqui o filme infelizmente passou sem causar tantas surpresas.

Admito que mesmo adorando o trailer, só sosseguei quando o filme começou, pois não conseguia me convenser de que o filme podia ser tão bom quanto prometia. E não é que realmente compriu a promessa?

A trama é a seguinte: Bryan Mills, interpretado pelo ator Arnold Schwarzneg...ops...Liam Nesson(brilhante em Darkman, mas que não se livrou de cagadas como Star Wars Ep. 1 e A Casa Amaldiçoada), é um ex-agente da C.I.A. que decide ficar se mudar para mais próximo da filha Kim, interpretada por Maggie Grace(que fez a porcaria do remake do filme A Bruma Assassina), que vive com a mãe Leonora, a atriz Famke Janssen(mais conhecida pela trilogia X-Men, mas que também atuou em filmaços como Tentáculos e o fodástico Mestre das Ilusões do Clive Barker) e com o padastro Stuart(que vejam, fez o padastro de John Connor em Exterminador do Futuro 2- morto enquanto bebia leite, e também atuou no fantástico Fogo contra Fogo). O pai, devotado a criar a filha e ignorado pela própria em seu aniversário pelo presente do seu padastro rico e humilhado pela ex-esposa, acaba tendo que autoriza-la a viajar para a França com uma amiga, onde aparentemente ficariam num apartamento de parentes, o que é apenas uma desculpa, já que mais tarde descobrimos que o objetivo da guria é acompanhar uma turne do U2 pela Europa. Não querendo desapontar a filha, temendo que descubra o quão cruel é o mundo(imagina se ela fosse pro Brasil...), ele acaba autorizando a viagem da filha.
Não demora nem mesmo um dia para que ela e sua amiga Amanda(a gatinha Katie Cassidy) já caiam na cantada do primeiro frances que fala com elas. As americanas ingênuas caem no lero do boa pinta e dividem o taxi com ele, que as convida pra ir numa festa. A loira fogosa amiga de Kim já pensa em ir pra cama com ele, já que os franceses "dizem ser bons de sexo", e descobrimos que a filha de 17 anos de Bryan é virgem, se ao menos tivessem colocado uma atriz que soubesse fingir isso até dava pra acreditar...
Não demora muito para que as duas sejam sequestradas. Kim está falando com seu pai, que está puto da cara porque a garota não ligou na hora em que aterrissou. Ela conta ao pai o que está acontecendo. Aí, é claro, ele manda ela ir para debaixo de cama. E temos uma das primeiras pérolas do personagem do Liam Nesson, que na maior paciência diz o seguinte pra filha:

"A próxima parte é muito importante. Eles vão te pegar!"(tá certo que não tem muito coisa a fazer por telefone, mas dizer assim na cara dura pra filha é pra macho mesmo)

Na cara dura, o pai pede pra que a filha, antes de ser levada, descreva os seus sequestradores. Gravando tudo, Bryan anota as descrições dadas pela filha. Um grito é ouvido, junto com palavras em libanês(é claro, você ainda achava que os malvadões seriam totalmente franceses?), e a garota some, apenas o silência. Bryan percebe que há alguém do outro lado da linha, e diz o seguinte:

"Não sei quem são.
Não sei o que querem.
Se estão procurando por um resgate
devo dizer que não tenho dinheiro.
Mas o que tenho são
várias habilidades.
Habilidades que adquiri
em muitos anos de prática.
Habilidades que me torna
em um pesadelo para vocês.
Se deixarem minha filha ir agora,
terminamos tudo aqui.
Não os procurarei, não os perseguirei.
Mas se não o fizerem,
eu os procurarei...
eu os encontrarei...
e eu os matarei." (HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAAHHAHAHAHA)

Bem, qualquer pessoa no mínimo sensata, depois de ouvir uma ameaça como essa dessa maneira iria deixar a filha do sujeito no lugar em que ela estava e se mandar. Mas pra nossa felicidade, e pra infelicidade dos bandidos, eles só dizem "Boa sorte" para Bryan.
A cagada está feita, principalmente que Bryan descobre por amigos que ele tem 96 horas pra encontrar a filha, ou nunca mais a verá. Assim ele se dirige a França, onde vai atrás de um a um os homens que levaram sua filha.

Por mais que eu não precise escrever pra vocês saberem como esse filme acaba(pra quem não entendeu ainda: ELE SALVA A FILHA!!!!!!), a graça não é saber seu fim, mas como ele vai chegar até lá é que está a graça. Ou seja, como se fosse o próprio Chuck Norris ou o Schwarzenneger, Liam Nesson desse o cacete nos bandidos sem sentir pena. Ao que o filme vai seguindo, ele usa corpos como escudo, quebra costela com socos, atira em todo mundo e quebra meia duzia de pescoços. Em uma cena, ele chega a atirar no braço da esposa do sujeito que o ameaça com uma arma, para que ele possa chamar a sua atenção! Outra cena, ele consegue um dicionário em libanês para descobrir como se escreve "Boa sorte". Aí, disfarçado de agente da polícia, ele vai até o cafofo dos criminosos e pede para que um deles traduza. Não é que é o infeliz que falou boa sorte pra ele. Aí, o machão do pai diz o seguinte:

"Não se lembra de mim?
Falamos por telefone há dois dias.
Eu te disse que te encontraria."

Depois de matar todos os bandidos a volta e deixar apenas o cara vivo, ele crava em suas pernas dois pedaços de ferro ligado a corrente elétrica, no que ele liga o interruptor o bandido é eletrocuado com pequenas cargas de eletricidade que não chegam a matar. Depois de extrair todas as inforções que ele precisa, ele simplesmente diz "Isso não te salvará",
deixa o interruptor ligado e vai embora. HAHAHAHAHHAHHAHA

Mas agora, convenhamos. O filme retrata a França como se lá os policias fossem ineficientes e corruptos, como se os americanos não fossem. Detalhe: o diretor é francês(já deve ter sido expulso do país já). A filha dele não precisava ir até a Europa pra ser sequestrada, bastava ir ao Bronx ou qualquer outra parte dos EUA que tava feito a bagunça. Imagina se viesse pro Brasil então...

Em tempos, tirando esses pequenos defeitos, Busca Implacável é um filme digno do cinema de ação pra macho mesmo, sem deixar que os furos no roteiro estraguem a diversão. Em tempos, me lembrou os tempos do Comando para Matar com o brutamontes e governador da California Arnold Schwarzenegger. É um filme que, em meio a tantas frescuras que chamam filme de ação, como Velozes e Furiosos, Triplo X e essas boiolices vai bem a calhar. E Liam Nesson não deve nada a Stallone, Schwarza e Bruce Willis.
Enfim, Busca Implacável é um filme que promete diversão e muitas risadas, mesmo que só eu tenha achado graça do filme a ponto de rir...mas é isso aí. Junte seus amigos e se divirtam!

Próxima atração

Bryan Mills é um ex-agente da CIA devotado a sua filha, que vive com a sua mãe longe dos perigos que ele já enfrentou
Em sua viagem a Paris, a garota é sequestrada por uma organização que trafica garotas. O que os sequestradores não esperavam é que Bryan quer sua filha de volta, e para isso vai matar um a um dos envolvidos.

Tiroteio...suspense...torturas...

Talvez muitos não lembram...mas, será que ninguém pensou em Comando para Matar?


Busca Implacável com Liam Nesson.
Um filmaço ignorado nos cinemas, que agora será testado aqui.

Confiram o ótimo trailer aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=CvUxdQ4q-Lg